Mergulho no nosso mar de sentimento…
Aquece-me a saudade…
Quando fecho os olhos por um momento…
E encontro a liberdade…
De te beijar na anatomia perfeita…
De te ter em mim, e eu em ti….
Quando a tua cabeça deita…
No meu peito, mesmo aqui…
Mesmo no meu coração...
Acariciando-me deliciosamente…
Com a tua delicada mão…
Como quem lança semente…
E esta é a razão…
Porque te vejo na minha mente….
Pedi-te a tua mão e tu deste-me as duas… e abracei-te… abraçamo-nos… tão forte que ainda sinto o calor do teu corpo no meu…
Deste-me as duas mãos e não te vou deixar cair… só te vou deixar sorrir…
Dá saudade, e cai uma lágrima…
Tenho vontade frenética e instantânea de saborear o teu corpo… como se numa tarde quente de Verão mergulhasse num rio e as minhas forças ficassem restabelecias…
E mergulho nos teus lábios doces… beijamo-nos daquela maneira sorridente que só tu sabes… e daquela maneira que só eu sei… e que nós sabemos…
Beijar o teu pescoço, mimar-te…e sussurrar-te ao ouvido o quanto te amo… e dar-te uma trinca saborosa na orelha…
De saborear o teu corpo… e te mimar a noite inteira enquanto estas na perfeição do teu sono….
Dá saudade, e cai mais uma lágrima…
E quanto tu acordas e me dás aquele bom dia com o teu sorriso… e abraço-te uma e mais uma vez a ti…
A ti que me fazes sentir como um adolescente apaixonado… e apaixonado estou mesmo por ti…
É maravilhoso, sabe bem…
E afinal de contas tu és o meu muro das maravilhas…
Dá-me saudade dos teus lábios esta chuva…
… Chego a casa, trago a chuva no rosto, na barba, nos lábios… mordo o lábio e lembro-me do teu beijo…
Fecho os olhos, e vejo-te mesmo nos meus lábios… com o teu rosto liso e suave que os meus dedos tocam…
De olhos fechados ainda sinto o teu calor, o teu cheiro…
Ai que vontade… saudade…
Vai longo o Dezembro… e longa é a chuva que por ele se prolonga, mas não tão longa como a saudade que tenho do teu beijo…
Aquele beijo sorridente da maneira que só nós sabemos, e esquecer nós não queremos…
Ai que saudade esta chuva me dá…
A chuva voltou… o frio persiste… mas há-de cessar…
Sei que vou estar contigo… e que o frio há-de cessar… o frio do meu corpo… que tem falta do teu… do teu Verão…
Mais uma vez a saudade é a companheira deste sentimento, o amor… porque é ela que o resolve…
Como te ensinei… é ela que o resolve…
É só fechar os olhos… sentir o que já sentimos, o que queremos sentir… e amanhã iremos sentir…
É a saudade que o resolve… daquele jeito que te ensinei…
E o calor do nosso amor dispara como um seta que se apaixona pelo vento, voando na mesma direcção…
Quero voar contigo... apaixonar-me de novo… todos os dias…
Afinal de contas, o nosso amor não começou, no Verão, em vão … pois não…
Tenho saudades do teu calor… do teu Verão… do nosso Verão… do nosso calor…
Quero ser semente… que se renova todas as ceifas… germinar no solo… tu…
Por isso eu escrevo… escrevo para te dar todo o amor que tu me dás…
Porque nunca senti este amor por ninguém… apenas por ti…
Contigo não tenho frio…
Porque te amo…
E tenho saudades…
